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Reféns Emocionais

Considerando o nosso processo evolutivo, devemos aceitar a ideia de que teremos momentos de altos e baixos emocionais. O importante em ter essa consciência é eliminar a autocobrança e a culpa.

Autocobrança em estar o tempo todo bem e em paz. Culpa por perceber alguma tristeza, dor ou mágoa dentro de nós. A autocobrança e, tampouco, a culpa destravarão o processo de desenvolvimento emocional. Elas impedirão que sejam acessadas, conscientemente, as nossas histórias, os entraves emocionais, as limitações aprendidas ao longo das experiências, impedindo, assim, que eliminemos tais barreiras. Somente mudamos aquilo de que temos consciência, que reconhecemos a existência.

Não é necessário reviver a dor, mas é essencial reconhecer que ela existe para que seja eliminada. Se a dor é negada, ela permanece quieta e com alto poder de dissonância, diminuindo a frequência vibracional. É nesse estado dissonante que surgem os desequilíbrios emocionais, a ansiedade, o estresse e as doenças psicossomáticas.

Ao aceitar a existência das dores emocionais, o próximo passo é entrar em sintonia consigo por meio da meditação. Respirar com foco na inspiração e expiração, incluir o corpo nesse processo de concentração auxilia a mobilização de todo o ser. Integralmente, o indivíduo se coloca no estado reflexivo e de alta conexão.

Em conexão, tornando-se consciente da dor, sem senti-la, cria-se a oportunidade para libertá-la. Para perceber a dor sem entrar em estado de sofrimento é necessário distanciar-se dela.

Toda emoção está ancorada em um evento. É preciso dissolver esse evento da memória, enfraquecendo-o a ponto de não gerar nenhum desconforto. A imaginação é um recurso poderoso no processo de libertação emocional. Retirar uma memória de dor abre espaço para a criação de memórias livres de dor, repletas de boas vibrações.

As pessoas não gostam de ter lacunas, de ficar com espaços vazios. O nosso cérebro precisa, portanto, de uma experiência para ocupar o lugar da memória que foi eliminada. Novas conexões devem ser ativadas com essa nova experiência. Esse é um ponto que faz toda a diferença e, porque muitos não o fazem, o processo de libertação emocional não tem a resposta desejada. Então, ao libertar uma memória de dor, deve-se inserir uma experiência motivadora, com a carga emocional oposta à liberada. Pode ser um fato de ocorrência real ou imaginado. Por exemplo, ao libertar a tristeza, deve-se lembrar de fatos onde a alegria foi vivenciada. Caso não haja recordações alegres, cria-se um momento em que essa emoção poderia ser vivenciada.

É eficaz o processo imaginativo na libertação emocional porque o cérebro não distingue o real do imaginário. O pensamento é a realidade decodificada pelo cérebro. Se pensamos, disparamos neuroquímicas e todo o corpo responde àquele pensamento.

Explicando o processo:

  1. Reconhecer a emoção indesejada.
  2. Promover a conexão pessoal por meio da respiração. Foco na inspiração e na expiração. Se quiser, movimente o tronco para frente ou para o alto toda vez que inspirar e para baixo ou para trás, quando expirar.
  3. Identificar o fato gerador da emoção e imagine-o em um balão, escrito em um pedaço de papel, em forma de foto, colado em uma pipa… respire e solte-o no espaço a cada expiração, ao mesmo tempo que diz, mentalmente: EU ME LIBERTO, DE AGORA ATÉ O INFINITO, DESSA EMOÇÃO DE DOR E DE TODO SOFRIMENTO QUE ESSE FATO CARREGA.
  4. Visualizar a imagem sumindo no espaço, pouco a pouco – o balão ou a pipa sumindo no céu, o papel sendo levado por um pássaro ou sendo dissolvido na chuva.
  5. Sentir o corpo leve e visualizar outra imagem onde você sente a emoção oposta à liberada. Pode ser uma memória ou um fato imaginado.

Faça esse exercício para cada emoção que deseja libertar. Experimente fazer uma libertação a cada dia. A sensação de leveza começa a se estabelecer dia a dia, sempre que se permitir fluir com a vida.

Boa prática!

Andréa Minafra

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