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Setembro amarelo – vamos falar sobre amor à vida?

A minha proposta é para falar sobre vida, escolhas, autoestima. Vamos colocar a nossa atenção no que deve ser seguido e, não, naquilo que deve ser evitado. É válido, sem dúvida, conhecer ambos os lados da moeda, mas que prevaleça o foco no que vale a pena.

Tem crescido nas redes sociais o cyberbullying que tem levado muitas pessoas e, principalmente, adolescentes a desenvolverem um forte sentimento de menos valia.

Para as pessoas com baixa autoestima – não se valorizam, desconsideram seus valores pessoais, se menosprezam – os apelos por corpos e vida ditos “perfeitos” despertam um gigante que, até então, estava adormecido. O gigante da insatisfação pessoal.

O que desperta esse gigante é a atitude de comparação. Quando as pessoas se comparam tendem, boa parte das vezes, a se colocarem em uma situação inferior à das outras pessoas. Inferiorizam-se. Esse é o veneno que começa a aniquilar qualquer possibilidade de viver íntegramente com o seu corpo, os seus bens e as suas características físicas e emocionais.

Iniciam-se quadros ansiosos, depressivos, podendo culminar com o atentado à própria vida.

A dor é tão grande, a sensação de desmerecimento e rejeição são tão fortes que a única possibilidade de terminar com ela é a morte.

O contato social é imprescindível para a saúde mental. No contexto pandêmico, se vê muito sofrimento em função da clausura na qual muitas pessoas ainda estão vivendo. Sem acompanhamento psicológico, médico ou de um terapeuta, algumas pessoas não conseguem viver dignamente e sentirem-se vivas.

É um contexto sério que estamos vivendo.

Considerando a fase da adolescência onde a busca de aceitação por outras pessoas e a identificação com grupos é preponderante, percebe-se uma situação bastante delicada.

Muitos adolescentes estão desenvolvendo quadros depressivos e transtornos de ansiedade por não saberem lidar com diversos fatores que são novos para todos nós: ensino híbrido, tecnologias educacionais, serem autodidatas, distanciamento social, lockdown, “pessoas perfeitas” na internet…

Os sinais que demonstram o risco do suicídio são muito sutis e devem ser avaliados em conjunto:

  • Falas do tipo “eu quero morrer” costumam ser identificadas como quem fala não faz, mas não é bem assim que acontece. Pode ser a demonstração de um forte sofrimento e conflito.
  • A pessoa começa a seguir páginas com conteúdos relacionados à depressão e/ou morte.
  • Isolamento no quarto e uso excessivo das redes sociais.

O que é importante é a prevenção, que consiste em investimento na autoestima, no desenvolvimento pessoal. Gerir de forma saudável as emoções. Há inúmeros canais, blogs, sites sérios dedicados a temas relacionados ao desenvolvimento emocional.

É necessário que, desde crianças, as pessoas aprendam a se valorizar, reconhecendo suas características marcantes, desenvolvendo a autoconfiança e a segurança.

A escola tem papel fundamental nesse processo de educação emocional.

Seguramente, alguns sairão mais fortalecidos do contexto em que vivemos, mais resilientes e compassivos. Outros, mais embrutecidos e revoltados. Na verdade, não é o que está fora de nós, mas a forma como encaramos o que acontece.

Desenvolver hábitos saudáveis traz uma certa blindagem e serve como um suplemento para a manutenção da elevada autoestima. Momentos tristes, todos passaremos por eles, mas não devemos alimentá-los em nós, tornando-nos vítimas das circunstâncias. Essa é a diferença entre a elevada autoestima e a baixa autoestima. Quem se ama não se permite viver na dor e busca saída.

Fica aqui um alerta: perceba as pessoas com as quais convive. Ofereça escuta atenta. Muitas vezes, alguém só está precisando ser ouvido. O simples ato de você se mostrar presente e oferecer carinho é o suficiente para alguém perceber que vale a pena viver.

Andréa Minafra

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